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Crianças da Rede Municipal de Ensino celebram a resistência dos povos indígenas e sua diversidade cultural

Para celebrar a resistência, as crianças da Rede Municipal fizeram pesquisas sobre a diversidade de etnias dos povos originários presentes no Brasil, compartilharam pensamentos, modos de vida, línguas, culinárias, arte e saberes ancestrais.

05/05/2024 19h52 - Atualizada em 06/05/2024 09h19
Redação

No dia 19 de abril se celebra o Dia dos Povos Indígenas, mas todos os dias é dia de lutar pela resistência dos povos originários e sua diversidade cultural que nos convida a refletir a importância da existência deles para a vida do planeta. 

 Para celebrar a resistência, as crianças da Rede Municipal fizeram pesquisas sobre a diversidade de etnias dos povos originários presentes no Brasil, compartilharam pensamentos, modos de vida, línguas, culinárias, arte e saberes ancestrais. 

Crianças de 6 meses a 09 anos construíram exposições durante um mês nas escolas com o apoio dos servidores, que apresentavam comidas típicas, como a tapioca, tucupi, bolo de milho, e outras diversidades de comidas, frutas, legumes, verduras presentes na região Norte, além de arte, como grafismo indígena, linguagem e identidade, heranças dos povos indígenas que se expressam em vários aspectos. 

Nessa experiência de pesquisa, as crianças têm retornado às origens, reconhecendo traços indígenas, identificando costumes que estão presentes na vida delas, e a importância da representatividade na sociedade, combatendo o preconceito racial e assegurando direitos. 

 

Na EMEIF Maria Amélia, que se localiza no Taiassuí, as crianças e as professoras contaram histórias e apresentaram a cultura viva na comunidade do Taiassuí. Segundo a professora, Ana Cláudia, foram semanas de aprofundamento na cultura indígena. 

“Nós temos a cultura indígena enraizada em nós. Por isso, conversamos com a equipe gestora e começamos a construir com as crianças essa mini-feira dos povos indígenas. Conversamos com elas sobre quem são os povos indígenas, sobre verdadeira história, eles que foram os primeiros habitantes do Brasil e nós temos traços, temos costumes. Foi muito bonito ver que as crianças abraçaram a ideia, pesquisaram sobre a medicina, sobre o sagrado, a diversidade de etnias e a importância desses povos na proteção da floresta e o quanto nós temos muito a aprender com eles”, contou a professora. 

As professoras contam ainda que as crianças se interessaram tanto em pesquisar sobre os indígenas que começaram a se identificar. Assim, a escola começou a caminhar junto com as famílias, porque as crianças também dialogavam com os pais em casa e traziam para escola elementos culturais de herança dos povos. 

“essa identificação também nos levou a uma parceria muito boa com a família, porque teve uns pais que chegaram conosco e disse, olha, meu filho chegou falando sobre a exposição, e ele quer que eu venha na sexta-feira acompanhar. Então, foi muito importante”, disse a professora. 

“A gente estudou essa semana toda sobre os indígenas e as culturas indígenas. E o que mais me chamou atenção foi saber sobre as pinturas corporais que eles usam. Cada uma tem um significado, como o dente de jacaré”, explicou uma criança. 


Os bebês também iniciaram a experiência de reconhecimento dos povos indígenas e sua cultura. No CMEI Berço da Liberdade, por meio do projeto “BerçArte”, criado pela escola,  as crianças fizeram uma mini-galeria com elementos naturais, cabaninha de palha, grafismo indígena e outras artes, manifestando a valorização da cultura dos povos originários. 

A construção da identidade inicia na primeira infância. O propósito é estimular a integração das crianças com elas mesmas, com os outros e com o mundo.